Ruben Wijga – Interview
Muito obrigada, Ruben!
1. Antes de tudo: O que as músicas Sweet Curse e Distorted Lullabies representam pra você? Existe algum tipo de relação entre as duas? E como você se sentiu tocando novamente I Lost Myself?
Ruben Wijga: Ambas as músicas são baladas tocadas no piano. Mas, para mim, essa é a única ligação entre estas duas músicas. Antes de compormos “Distorted Lullabies”, já tínhamos a ideia de uma balada tocada no piano que tivesse uma espécie de “mudança brusca”. A “mudança brusca” acabou se tornando uma balada tocada no piano que, levemente, tornava-se uma música pesada e intensa.
Tocar “I Lost Myself” ao vivo é sempre algo especial. É a única música do ReVamp em que os outros membros não participam. Então, há apenas os vocais e o piano. Toda vez que tocamos essa música, surge uma atmosfera única no palco, assim como entre o pessoal da plateia.
2. Wild Card é um album concentual. Se comparado ao primeiro album, possui um peso bem maior. Como você ve o amadurecimento e a evolução do ReVamp, principalmente na sua participação nas mudanças tão visíveis em cada uma das músicas?
Ruben Wijga: Todos nós queríamos que o segundo álbum fosse mais pesado do que primeiro. Antes de começarmos a compor, nóz fizemos um painel semântico com as músicas que gostávamos. Ao ouvir as músicas do painel, eu percebi que tinha de criar uma sonoridade “própria” para este álbum no que dizia respeito aos arranjos de teclado a fim de torná-lo único e interessante. Já que eu gosto muito de música eletrônica, decidi utilizar esse tipo de som e arranjos de sintetizador no “Wild Card”.
3. Anos atrás, como foi o processo de integração ao ReVamp? Algo profissional, ou você já conhecia a Floor?
Ruben Wijga: Eu não conhecia a Floor ou o pessoal da banda pessoalmente quanto entrei para o ReVamp, com a exceção do Jord. Eu o conheço desde o colegial. Nós dirigíamos juntos para os testes e, no caso, ambos conseguimos entrar.
4. Quando você não está trabalhando com o ReVamp, quais são os tipos de projetos que você se dedica?
Ruben Wijga: Atualmente, trabalho com Joost van den Broek com uma certa frequência. Ele é produtor de diversas bandas e projetos bacanas e, geralmente, não tem tempo de fazer tudo por conta própria. O meu trabalho é escrever as partituras musicais para os músicos que estão gravando baseado na préprodução do Joost.
No ano passado, eu me juntei ao Christmas Metal Symphony. Neste ano, eu também farei algumas coisas nos bastidores, como a organização da orquestra.
5. Além do teclado e violino, que outro tipo de instrumento você toca, ou agrade, ou tenha vontade de aprender?
Ruben Wijga: Eu sei fazer algumas coisas simples no violão. 🙂 Antigamente, eu tocava baixo em alguns projetos. Até cheguei a tentar tocar baixo sem trastes por algum tempo.
Eu gostaria de aprender a tocar gaita cromática, assim como Stevie Wondero e Toots Thielemans. Eu adoro o som daquele instrumento. Eu também gostaria de aprender a tocar triângulo, mas acho que é aí já é demais pra mim. 😉
6. Poderia nos contar um pouco sobre sua rotina em turnê? Sabe-se que é difícil manter uma vida digamos que saudável quando se está na estrada. O que você faz para se cuidar, especialmente durante mudanças drásticas de tempo de um país para o outro?
Ruben Wijga: Eu como e bebo até me satisfazer, de forma moderada. Procuro me exercitar sempre que posso, durmo bem e procuro relaxar sempre que preciso. Então, não é nada muito especial, mas algo bem simples e dinâmico.
7. De repente, você começou a usar esse bigode peculiar e é visível a dedicação que você tem por ele. Quais são seus cuidados? hahaha’
Ruben Wijga: Eu o penteio algumas vezes ao dia (com um pente que ganhei de presente de certos fãs incríveis. Obrigado! haha) e passo um pouco de cera modeladora para preservar a forma.
8. Sobre os seus desenhos (que são lindos): Você os vê como uma paixão também ou apenas hobby?
Ruben Wijga: Obrigado! Eu comecei a desenhar há pouco tempo, então, por enquanto, eu os vejo apenas como um hobby ainda que eu seja apaixonado por eles. Eu adoraria passar mais tempo praticando a fim de melhorar, mas o dia só tem 24 horas…
9. Ainda sobre os seus desenhos: Já pensou na possibilidade de trabalhar na artwork do terceiro álbum do ReVamp?
Ruben Wijga: Na verdade, não. Há muitas pessoas que podem fazer artworks fantásticas e eu não sou uma delas. Eu gosto de desenhar, mas produzir uma artwork é algo completamente diferente. Eu acho que, por enquanto, vou continuar com o lápis (preto ou cinza) e o papel. 🙂
10. Qual é a sua melhor memória? Algo divertido ou até mesmo estranho sobre sua primeira vinda ao Brasil.
Ruben Wijga: As turnês norte-americana e sul-americana foram fantásticas! Foi a minha primeira vez fora da Europa, então só isso já foi algo especial. Eu adorei ver as Cataratas do Niágara, o Cristo Redentor e a cidade maia de Chichén Itzá.
BONUS
(…) Well, except for Ruben obviously, cause he plays keyboards. Nobody likes keyboarders…” Diga alguma coisa em defesa contra o baterista Matthias Landes 😛
Ruben Wijga: Ele está coberto de razão. 😉
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ENGLISH
Thank you, Ruben!
1. Before anything: What do the songs “Sweet Curse” and “Distorted Lullabies” represent to you? Are they related somehow? How did you feel playing “I Lost Myself” again?
Ruben Wijga: They’re both piano ballads of course, but for me that’s the only connection between these two songs. Before we wrote Distorted Lullabies we already had the idea of a piano ballad with a twist somehow. The twist turned out to be a piano ballad that smoothly develops into a heavy and massive song.
Playing I Lost Myself live is always special. It’s the only ReVamp song where the other guys don’t play. So only vocals and piano. Every time we play this song there’s an unique atmosphere on stage as well as in the audience.
2. WildCard is a concept album. When compared to the first album, we notice it is a lot heavier. How do you see ReVamp’s coming of age and evolution, specially when it comes to your musical contribution in the change of style we can clearly notice in each of the songs?
Ruben Wijga: Everyone of us wanted the second album to be heavier than the first album. Before we started the songwriting process we made a mood board with songs we liked. Listening to this mood board I realized I had to create an ‘own’ sound for this album concerning the keyboard parts to make it an interesting and unique album . Since I like electronic music a lot, I decided to use that kind of sounds and synth parts for the Wild Card album.
For the orchestration part I didn’t want to make it too stereotype. I Like contemporary classical music a lot, and thought the tension, almost craziness, and atmosphere would suit some songs we wrote as well. For me, this was the perfect opportunity to make some interesting orchestra arrangements! Luckily the other guys and girl liked it as well 🙂
3. How what the process of joining members for ReVamp years ago? Was it something strictly professional or did you already know Floor?
Ruben Wijga: I didn’t know Floor and the guys personally when I joined ReVamp, except for Jord. I know him since high school. We drove together to the auditions, and both got the job.
4 . On which projects do you focus when you’re not working with ReVamp?
Ruben Wijga: I regularly work for Joost van den Broek these days. He produces a lot of cool bands and projects, and hasn’t always the time to do everything himself. My job is to make sheet music for the recording artists based on his preproduction.
Last year I joined the Christmas Metal Symphony. For this year I will also do some things behind the scenes, like the organization of the orchestra.
5. Besides playing violing and keyboard, is there any other instrument you play, enjoy or would like to learn how to play?
Ruben Wijga: I can do some basic stuff on an acoustic guitar 🙂 I played bass guitar for some projects in the past. I even had a fretless bass for a while.
I would like to learn to play a chromatic harmonica, like Stevie Wonder and Toots Thielemans. I love the sound of that instrument. I also would love to learn to play the triangle, but I think that’s far out of my league 😉
6. Could you tell us a bit more about your tour routine? It’s known that it’s hard to keep healty when you’re on the road. What do you do to take care of your health specially during a sudden change in the weather when you’re going from one country to another?
Ruben Wijga: Eat and drink decently and enough. Try to exercise when possible. Get enough sleep. And try to relax when possible. So nothing special, pretty straight forward.
7. All from sudden, you started using this peculiar moustache and it’s noticeable how caring you are about it. How do you take care of it? hahaha’
Ruben Wijga: I comb it a couple of times a day (with a comb I got as a present from some awesome fans, thanks!), and I put some wax / pomade in it to preserve the shape.
8. About your drawings and paintings (which are beautiful, by the way): do you seem them as a passion or are they just a hobby?
Ruben Wijga: Thanks! I just started to draw, so for now I see it just as a hobby, although I am very passionate about it. I would love to spend more time into it to get better. But there are only 24 hours in a day…
9. Still about your drawings and paintings: have you ever thought about the possibility of working on the artwork for the third ReVamp’s album?
Ruben Wijga: No, not at all. There are enough people who can make great artwork. And I’m not one of them. I like to draw, making artwork is a completely different thing. I think I will stick with graphite (black, grey) and paper for now 🙂
10. Do you have any memory you consider the best? Could it be anything funny, weird or related to the first time you’ve been to Brasil?
Ruben Wijga: The whole North and South America tour was a blast! It was my first time out of Europa, so that felt already special. I loved seeing the Niagara Falls, Christ the redeemer and the Chichen Itza Mayan temple city.
BONUS
“(…) Well, except for Ruben obviously, cause he plays keyboards. Nobody likes keyboarders…” Say something in your defense against the drummer Matthias Landes, hahaha 😛
Ruben Wijga: He’s totally right 😉
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